O que eu já fui
O que eu já gostei
O que eu já fiz
O que eu já amei
O que eu aprendi
Aonde eu parei
O que eu esqueci
Por que eu errei
O que eu sonhei
O que eu conquistei
Aonde eu estou e o que eu serei?
Rápido
Essa é a palavra que melhor define o significado do tempo
Quando refletíamos sobre o que seríamos
O rápido vem e lembramos do que poderíamos, do que éramos,
do que perdemos, do que nos impedimos do que não percebemos
Mas por que? Qual a razão?
Por que outros ficam e outros vão? Por que uns conseguem e
outros não?
Qual o sentido de tudo então? O que fiz era para eu ter
feito ou não?
Aonde eu estou agora era para ser ou foi porque deixei de
fazer?
Quantas perguntas, poucas respostas, quantas dúvidas e
frases compostas.
Fica uma linha, fica uma página em branco de vez.
Antes ficavam muitas, mas com a certeza de que seriam
preenchidas, pois no início tudo começa com um sonho, depois vem um horizonte,
possibilidades e oportunidades.
E se nada for preenchido, acontece que pulamos páginas e
continuamos no branco sem saber o que escrever e ver que nada do que era visto
no horizonte foi escrito.
E aí, pergunto-te, mas por que?
Por que com alguns
todas as páginas foram e estão sendo escritas? O que eles fizeram de diferente?
Seriam mais evoluídos e inteligentes? Seriam os outros mais
atrasados ou incompetentes?
Não tenho respostas...
Pois isso é a vida, não sabemos de tudo e não é possível
saber o motivo do início, do meio e do final.
Mas por algum motivo nos deram o sentimento. E esse incômodo
nos leva ao questionamento.
O que, por que?
Seria diferente se pudesse ter sido diferente.
Teriam respostas se tivessem sido feitas as corretas
perguntas.
Saberia aonde ir, mas talvez não saiba mais.
Recomeçar, reconstruir, reorganizar, redescobrir.
Sonho, amizade, verdade, inteligência, honestidade,
persistência, otimismo e lealdade.
Percorrer um caminho é difícil, é complicado, é assustador
chegar perto do final e não entender o motivo de certa dor.
Só que o final não é final, pois não sabemos quando acaba e
quando é o final.
Pode ser hoje, agora, amanhã, de repente, outrora.
Mas a realidade é o tal do agora.
Já teve agora ontem, anos atrás e nas páginas em branco.
A hora é hoje e o tempo é rápido.
A hora é de voltar para o caminho, entender o percurso,
refletindo sozinho.
O tempo cura mas o tempo assusta.
O tempo bem aproveitado no final é recompensa e não
lembrança de página branca.
Bolo na garganta.
Página branca.
O que fazer?
Talvez recomeçar pelo lembrar onde começou e o porquê.
Quais eram os sonhos e quem era você.
Ai mesmo perto do final do livro não tem problema recomeçar,
pode ser outro capítulo dando início ao volume 2 ou 3.
É seu, não precisa acabar.
Depois de muuito tempo, finalmente um texto... espero voltar mais,
Pauline :)